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ENEM 2020: equipe pedagógica do SESI-SP comenta 2º dia de prova

Em Matemática, a maioria das questões puderam ser respondidas com a mobilização de conhecimentos menos complexos, enquanto as de Ciências da Natureza tiveram um grau de dificuldade médio para difícil. Confira análise dos especialistas da rede escolar SESI-SP.

Em Matemática, a maioria das questões puderam ser respondidas com a mobilização de conhecimentos menos complexos, enquanto as de Ciências da Natureza tiveram um grau de dificuldade médio para difícil. Confira análise dos especialistas da rede escolar SESI-SP.

 Por: SESI Educação
26/01/202115:26- atualizado às 15:51 em 02/02/2021

No último domingo, 24 de janeiro, foi realizado o 2º dia do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), e estudantes de todo país realizaram as provas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias.

Assim como no primeiro dia de testes, cujo conteúdo foi comentado por especialista e aluna SESI, 90 questões compuseram a prova objetiva, sendo 45 de Ciências da Natureza e 45 de Matemática. Dentre as competências exigidas, além da leitura e interpretação das informações trazidas em seus textos, imagens e gráficos, para um bom desempenho, os alunos tiveram que demonstrar conhecer conteúdos tradicionais das duas áreas de conhecimento avaliadas.

As questões de Ciências da Natureza estavam, muitas vezes, contextualizadas com o cotidiano dos estudantes. Um exemplo disso foi a questão que problematizava o funcionamento dos fones de ouvido, cuja utilização é recorrente nos jovens candidatos. Outra característica foi a interdisciplinaridade presente em algumas questões, sobretudo às de Química, que trouxe relações com os conhecimentos de Biologia. Segundo a equipe pedagógica da rede escolar SESI-SP, de forma geral, os conteúdos foram bastante específicos, com um grau de dificuldade médio para difícil, o que exigiu dos estudantes um bom domínio dos conhecimentos dos componentes de Física, Biologia e Química.

As 45 questões de Matemática trouxeram conteúdos de probabilidade, análise combinatória, regra de três, notação científica e porcentagem. Para os especialistas do SESI-SP, a maioria das questões poderiam ser respondidas com a mobilização de conhecimentos menos complexos, como razão e proporção e de forma contextualizada. Mesmo assim, não foi uma prova fácil. Muito bem elaborada, algumas questões da prova precisavam de uma atenção especial por exigir procedimentos mais trabalhosos.

Para Luis Paulo Martins, supervisor técnico educacional do SESI-SP e também professor de Matemática, a prova requereu atenção na resolução dos problemas, pois embora trouxesse conteúdos de base do conhecimento matemático, exigia que o candidato fizesse relações entre conteúdos e situações diversas.

“Para os alunos e ex-alunos do SESI-SP a prova não deve ter apresentado surpresas, uma vez que as metodologias utilizadas na rede escolar para o ensino das duas áreas de conhecimento estimulam os estudantes à descoberta, à investigação, à relação entre os objetos de conhecimentos e entre esses e o cotidiano”, refletiu. “Em Matemática, por exemplo, os conteúdos são tratados em uma abordagem que utiliza a resolução de problemas como principal meio de aprender e fazer Matemática, assim, os alunos são estimulados a encontrar diferentes formas de resolver as questões colocadas. Essa abordagem contribui para o desenvolvimento de habilidades e competências lógicas, bastante exigidas nessa edição da prova. Assim como Ciências da Natureza, as questões de Matemática traziam consigo uma problemática da qual os estudantes precisavam tratar os dados e solucionar o problema, o que é facilitado por tal metodologia de ensino”, explicou.

Por sua vez, o ensino por investigação, metodologia adotada pelo SESI-SP no ensino dos componentes curriculares de Ciências da Natureza, pôde contribuir para um bom desempenho de seus estudantes, pois além dos conteúdos, tal abordagem desenvolve o conhecimento científico, permitindo que o aluno questione, colha dados baseado em evidências e confronte as informações de maneira crítica.

“Um bom trabalho contextualizado, interdisciplinar e investigativo em sala de aula contribui para o desempenho de estudantes em provas como essa. As questões abordaram conhecimentos específicos relacionados a elementos do cotidiano, então com certeza obteve sucesso quem teve contato com experimentações, investigações, resoluções de problemas que levassem a fazer relações e descobertas, além de uma boa leitura de mundo e contemporaneidade”, finalizou Luis.

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