L – Livre para todos os públicos
De 16 de julho a 7 de setembro de 2025
Galeria de Arte do Centro Cultural Fiesp
de terça a domingo, das 10h às 20h
FILE LED SHOW
Galeria de Arte Digital
todos os dias, das 19h às 6h
A exposição FILE SP 2025: SYNTHETIKA expande as noções de arte, tecnologia e inteligência artificial no contexto do que se denomina Zeitsynthetik — o tempo do sintético. Nesta mostra, em que participam 84 artistas de 29 países, a criatividade ultrapassa a exclusividade humana e se torna híbrida, compartilhada entre artistas, algoritmos e sistemas generativos. SYNTHETIKA propõe um olhar para uma arte pós-antropocêntrica em que o artista assume funções ampliadas: engenheiro de prompts, designer de sistemas e co-criador de inteligências sintéticas. Artistas como Mario Klingemann, Frederik De Wilde, Memo Akten, Daito Manabe & Kyle McDonald, entre outros, demonstram como a IA pode atuar não apenas como ferramenta, mas como agente colaborativo no processo artístico, propondo formas que emergem da interatividade entre o biológico e o artificial. Essa dimensão chamada SYNTHETIKA inaugura uma outra FORMA de percepção, expressão e criação.
O FILE LED SHOW 2025 torna-se palco de artistas do Brasil, Chile, Egito, França, Argentina, Irã, Itália, Estados Unidos e Colômbia, além de trabalhos desenvolvidos em parceria entre o Curso de Artes Visuais da Universidade de São Paulo (USP) e o Istituto Europeo di Design (IED), São Paulo. A programação destaca o potencial transformador da colaboração acadêmica na criação de novas linguagens visuais e reforça o papel do FILE como plataforma de intercâmbio cultural em um dos principais centros culturais do país.
Os curadores
Ricardo Barreto é filósofo, artista, curador e pesquisador, com trajetória marcada pela experimentação entre arte, tecnologia e pensamento. Co-fundador e co-curador do FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica e do NOVA BIENAL RIO de Arte e Tecnologia, é um dos pioneiros da arte digital no Brasil, atuando desde os anos 1980 em performances, instalações e obras interativas. Formado em Filosofia pela USP e em Artes Plásticas pela Belas Artes de São Paulo, Barreto criou conceitos inovadores como a Estética da Alteridade; a Cultura da Imanência; a nova forma de arte Tátila (arte do tato); o Avator (primeira IA artística do Brasil); o Xadrez Autor-Criativo; o ÁTOPOS GLOBAL (jogo quadridimensional estratégico). Participou de mostras como a 25ª Bienal de São Paulo e exposições no Institute of Contemporary Arts (Londres). Ao lado de parceiras como Paula Perissinotto, Maria Hsu e Raquel Fukuda, desenvolveu obras emblemáticas como: Cyberdance, feelMe, Charles in London e The Almost Ideal Game. Criador do site e do livro Highlike e autor de inúmeras publicações editoriais sobre arte e tecnologia, Barreto desafia os limites entre corpo, código e cognição. No magistrado, lecionou na graduação e pós-graduação da FAAP, onde inaugurou a disciplina de Pós-Modernidade nos anos 80 e 90, além de ministrar palestras em instituições como Museu de Arte Moderna de São Paulo. Sua obra é um exercício contínuo de invenção estética, filosófica e sensorial.
Paula Perissinotto é pesquisadora, curadora e doutora em Poéticas Visuais pela ECA/USP, com atuação destacada na arte contemporânea, cultura digital e novas mídias. Co-fundadora e co-organizadora do FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica desde 2000, é referência na promoção da arte digital no Brasil e no exterior. À frente de mais de 50 exposições, suas curadorias exploram as intersecções entre arte, tecnologia e interatividade, consolidando o FILE como uma das principais plataformas internacionais do setor. Paula também atua como pesquisadora associada no Projeto temático Acervos Digitais e Pesquisa: arte, arquitetura e tecnologia e integra o Grupo de Pesquisa Realidades da ECA/USP, onde investiga a integração entre arquivos analógicos e digitais. Desde 2020, lidera a inserção do FILE em redes globais de preservação da arte em novas mídias, com parcerias com ACM SIGGRAPH, Ars Electronica, ZKM e Archive of Digital Art. Sua atuação articula produção, curadoria e pensamento crítico, contribuindo para o fortalecimento da memória e da circulação da arte digital em escala internacional.
Clarissa Vidotto atua como curadora, pesquisadora e coordenadora de conteúdo no FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica. É bacharel em História pela Universidade de Brasília e cursa Teoria Crítica e História da Arte no Departamento de Artes Visuais da mesma instituição. Sua trajetória acadêmica e profissional está voltada para o campo das intersecções entre arte e tecnologia, com ênfase nas práticas artísticas contemporâneas que se articulam com os meios digitais e eletrônicos.
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