Silêncio! é um programa de música renascentista para o período da Paixão católica, com obras para conjunto vocal a cappella, compostas por Cristobal de Morales e Tomas Luis de Victoria (Capela Papal, século XVI). O projeto é realizado através de pesquisa e transcrição do repertório antigo, e sua execução por músicos especializados em Performance Musical Historicamente Orientada.
Criado pelo Música Manuscrita / Núcleo de música antiga, temos a reconstrução cultural do passado, com enfoque para a Idade Média, Renascença e Barroco. Execução musical consciente através dos manuscritos musicais, para lapidar uma interpretação verossímil, com vivacidade musical, coerência e busca pela compreensão: de maior importância para a nossa proposta cultural é que o discurso criado em cada espetáculo seja legível & impactante, para que assim os ouvintes sejam (co)movidos.
O resgate da prática do canto coral do século XVI é feito nesse espetáculo através da performance das Lamentações de Morales e motetos de Victoria a partir dos manuscritos originais (partes separadas), assim como a perpetuação dos cantos polifônicos para o tempo da Paixão.
Raquel Azevedo | Contralto
Marco Antônio | Tenor
Daniel Issa | Tenor
Thiago Costa | Tenor
João Victor Bandeira | Baixo
Tomas Mistrorigo | Baixo
Pedro Diniz | Direção e oficineiro
O núcleo se formou em 2015 mergulhado no cenário paulistano da Música Antiga, com o ímpeto no resgate de repertório antigo, performance verossímil através do estudo das fontes e do respectivo contexto cultural, e difusão através de uma performance eloquente e didática. Formados por cantores, compositores, músicos teóricos, flautistas, tecladistas, gambistas, e violinistas, produzem anualmente concertos de Música Antiga para a Semana Santa e Quaresma na cidade de São Paulo; 2019 em diante é criado o Grupo de Pesquisa e Performance em Música Medieval com atividades pedagógicas sobre a notação e prática do repertório medieval;
O notável cantor Cristobal de Morales, logo em sua chegada em Roma no ano de 1535, é convidado por Paulo III, a integrar o coro papal na Capela Magna, onde ele travou contato com uma corrente artística que propiciou o desabrochar da Alta Renascença, a presença do humanismo nas obras da recém-inaugurada Capela Papal. Nesse espetáculo, é remontada a atmosfera de sublime elevação da consciência de um povo, combinado com o esplendor e a dadivosidade da nova arte que despontava.
