Bululu é um palhaço que está a séculos preso em um corpo de estátua. Até que, um dia, desperta de seu longo sono em meio aos barulhos da selva de pedra e, depois de tantos anos inativo, o que ele mais quer é brincar com seu público. E eis o que ele pode oferecer de melhor: risadas, músicas e principalmente mímicas! A partir dos números clássicos de ilusão pantomímica e inspirada nas estátuas vivas, a intervenção “Bululu” propõe um acontecimento cênico com fortes traços de improvisação, diluído no tempo e concentrado no espaço. Assim, “Bululu” se vale da aproximação entre artista e público para a construção de uma obra que utiliza o espaço e a interação com seus habitantes como plataforma para criação. “Bululu” era o nome dado às companhias de um só comediante, durante o Século de Ouro Espanhol (XVI e XVII). Esse artista ocupava as praças dos povoados contando histórias, interagindo com o público, demonstrando habilidades e interpretando todos os personagens de uma mesma trama.
60 min
RODRIGO NASSER é ator e mímico, graduado Bacharel em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). É artista e gestor na Damião e Cia, grupo que ajudou a fundar em 2012. Ganhou o prêmio de melhor ator no Festival Nacional de Teatro de Limeira (2017) e melhor ator coadjuvante, na categoria Teatro de Rua, do Encontro Nacional de Cultura de Taubaté (2013), ambos pelo espetáculo As Presepadas de Damião. Com o seu solo, “As Desventuras do Capitão Rabeca”, recebeu o prêmio de melhor espetáculo, direção, atuação, dramaturgia, trilha sonora e visualidades no FeTeG 2022 (Guaranésia/MG), além do prêmio de melhor espetáculo na categoria comédia do 1º Festival de Teatro Online em Tempo Real do Rio de Janeiro (2020). Como mímico participou e recebeu o prêmio de “Melhor Esquete” do FESTIM 2021 (Festival de Esquetes de Macaé, RJ). Também participou do MimeWave Festival (Holanda/Ucrânia), da VI Mostra de Mímica Contemporânea de São Paulo, do FESQ (Festival de Esquetes de Cabo Frio, RJ), do Festival de Circo de São Paulo (2020 e 2022), do Festival Art of Silence (Índia), do International Mime Festival Standarmime (Indonésia) e do programa It's Mime Time! - Virtual Theatre (Alemanha) da companhia Modern Mimes, de Berlim. Atuou nos espetáculos Trupica Coração (Kátia Daher, 2022), Quem Matou o Leão, (de Maria Clara Machado, direção de Suzana Ribeiro e Sérgio Maciel), As Presepadas de Damião (Mario Santana, 2012); Zabobrim, o rei vagabundo (Tiche Vianna, 2016), Burundanga (Fernando Neves, 2018), Andante (Markeliñe Teatro, Espanha, 2019) e As Desventuras do Capitão Rabeca (Tiche Vianna, 2019).
A Damião e Cia é um grupo de pesquisa e criação em teatro e circo, fundado em 2012 por artistas bacharéis em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A companhia visa a pesquisa e criação de um teatro de convenção, tendo como valor maior a comunicação efetiva com o seu público. Para tanto, fundamenta sua linguagem original nas variadas formas de teatro popular, buscando a valorização da tradição, assim como sua reinvenção em prol do diálogo com a contemporaneidade. Em seus 10 anos de atividade ininterrupta a Cia produziu e co-produziu 12 obras inéditas, possuindo atualmente 6 espetáculos em seu repertório. Participou de 77 festivais, recebeu 18 prêmios e realizou 6 turnês regionais pelo estado de São Paulo. Nesse processo, atingiu um público estimado em 63 mil pessoas
