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OFICINA VIVÊNCIA FLAMENCA COM ALE KALAF

CORPO, PERTENCIMENTO E LIMITES

Projeto: Programa de Ação Cultural - ProAC

Nesta vivência o objetivo principal é tentar responder a essas questões através do corpo: Até onde eu existo? Até onde eu posso existir? Até onde eu me pertenço? O território do meu corpo e de minha vida estão sob minha jurisdição?

Exploraremos essas respostas entrando em contato com essas emoções e afetos a partir do gesto e do movimento. Buscaremos trazer a consciência desse corpo/existência, e com isso procurar sentido/sentir o contorno de si mesma.

Ale Kalaf integra nessa oficinas alguns importantes saberes que são fios condutores nesta pesquisa: sua formação em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie da cidade de São Paulo em 2003, sua vasta experiência de mais de 20 anos em sala de aula como professora de dança flamenca que a possibilitou entrar contato com inúmeras mulheres e todas as questões que permeiam esse universo em todas as suas idades, e o processo de criação de seu novo espetáculo solo que segue trazendo a tona importantes questões pessoais de sua própria biografia. O atravessamento dessas experiências foi um potente catalisador para explorar as questões profundas desse universo, tais como: passividade, liberdade e limites, abordando a violência de gênero e todos seus desdobramentos.

O instrumento para essa vivência será a expressão assertiva da própria dança flamenca, que não tem passividade nem conformismo, mas atravessada por outros saberes e escutas. Expressar-se através do corpo, propõem um contraponto para as ausência de atitude. Desde a dificuldade de impor limites, “nãos” que não falamos, mas também os "sins" que não somos capazes de sustentar. A dificuldade de defender seus desejos, suas escolhas e seus próprios caminhos.

A palavra que permeará essa oficina será Autorização. Autorização para sentir, para decidir, para impor limites, para desejar, para desfrutar, para existir. Corpo e afetos engajados em potencializar a agressividade "saudável" que envolve as tomadas de decisões. Trazer à tona através das práticas, a consciência dessa opressão, algumas vezes simbólica e outras muito reais, da violência que é não estar comandando da própria vida.

Este encontro será feito em roda, para que os olhares entre si sejam condutores, promovendo a cumplicidade do grupo nessa experiência. Ser vista, ver a outra, existir. Trabalharemos essa exposição buscando acolher os limites de cada uma, potencializando a expressão.

Realizaremos as práticas sem sapatos, enraizando o corpo, trazendo a percepção do ritmo (divisões rítmicas) com os pés no chão, essa musicalidade da percussão feitas com os pés (sapateado), com as mãos (palmas) e percussões corporais, promovem um impulso assertivo para o gesto. Se colocar no mundo através de uma outra expressão, essa experiência envolve outra permissão, a de ocupar um espaço também sonoro, feito com o próprio corpo. Construiremos juntas uma partitura musical, e nessa combinação de sons escolhida por todas, criaremos nossa música, autêntica, gerada pelo desejo de cada uma, assim todas seremos ouvidas.

Mapearemos o corpo, para que ele seja percebido na totalidade, todas as estruturas que iremos usar para dançar, da cabeça aos pés, e as exploraremos de uma maneira natural, mas trazendo um paralelo sobre corpo/território, limite, percepção de si e do outro, e tudo mais que essas questões permeiam.

Trabalharemos de uma maneira lúdica, com propostas coreográficas e partituras de improviso com o propósito de que essa vivência seja um disparador, ora como válvula de escape ora como provocador da potencialidade de cada uma, de suas escolhas, de suas expressões.

Para fechar o processo, criaremos jutas uma dança, uma colcha de retalhos de movimentos, um mosaico de escolhas genuínas, feitas por todas e com todas, que chamaremos "Fractal, todas em todas as partes". Usaremos uma música autoral composta para o grupo pela musicista flamenca, flautista Letícia Malvares, uma mulher compositora.

Pensando em potencializar essa vivência, um bate papo com todas as participantes mediadas por Ale Kalaf dando voz e significado para tudo que surgir nessa dança coletiva, nessa trama onde a intuição e a escuta, serão o fio condutor dessa experiência.

Assim fecharemos esse processo juntas, lembrando as palavras da Psicóloga e Psicanalista Lígia Polistchuck, “Nenhuma travessia se faz sozinha. E quando se convoca o outro para atravessar, todos se atravessam. As pontes caem e refazem caminhos, outros, de si, do outro, com o outro."

Duração:

90 min


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